quarta-feira, 12 de junho de 2013

"...A religião na vida do homem..."

Como nasceu a Religião?

Há quem diga que não nasceu com o Homem, outros afirmam que anterior ao próprio Homem.
O Homem apareceu na Terra 10 milhões de anos atrás na forma de Australopitecus, a primeira forma autêntica de Homem e posterior aos Ramaphitecus, que foram os últimos homens-macacos. Nos primeiros milhares de anos o Homem leva uma vida similar a um animal alimentando-se de raízes, plantas, caramujos, insetos.
A primeira ferramenta que descobre é sua própria mão e com seu uso inicia uma lenta progressão para uma vida melhor. Do convívio com outros homens cria uma comunicação mediante a linguagem e começa a se diferenciar dos outros animais.
Criam-se tribos, amplia-se sua base social e se desenvolve a observação da natureza, começa a pensar em diversas situações que acontecem, tais como os sonhos, os fenômenos atmosféricos, o nascimento de uma nova vida, as doenças e a morte.
As práticas religiosas são uma fase recente dentro da evolução do Homem. Digamos que anterior a 200.000 anos o Homem careceu de todo sentimento religioso. A religião existe, mas ainda o Homem na sua ignorância não tem consciência dela.
A resposta a essas suas preocupações há de estar em um ser superior que não habita nossa comunidade.
O Homem sente a necessidade de um Deus como um meio de atingir a imortalidade. A existência de um Deus, mesmo que disfarçadamente, é de interesse pessoal do Homem usando-o como seu protetor e para lhe garantir sua ressurreição.
Sua primeira descoberta como Ser superior e que lhe acompanha, inatingível, é o Sol. O Homem, animal racional, tentou compreender o mistério do Sol; era seu amigo, pois durante o dia com a sua luz facilitava-lhe a caça, protegia-o do frio, mas que, infelizmente, todos os dias era derrotado pelas trevas e perecia, deixando-o totalmente inerme, sem defesa.
O ocaso do Sol causou-lhe receio e, provavelmente, medo. Amou a luz e temeu as trevas. Adorava o nascimento do Sol e chorava sua desaparição. Este estado espiritual foi-se transmitindo por gerações. E assim, desde a Antigüidade, o Sol foi considerado uma divindade e, como tal, adorado pelo Homem. Povos históricos tais como os indianos, os persas, os gregos, os egípcios, os romanos, os astecas e os incas, renderam-lhe homenagens e tributos. Em efeito, todos os livros sagrados das primitivas religiões revelam que a teologia de todos os povos fundava-se em que os astros, especialmente o Sol, eram os causadores de todos os bens e desgraças do Homem, através da sua ação nas forças da natureza.
Fonte de luz e calor, o Sol foi proclamado Rei dos Céus e Soberano do Mundo. A emocionante regularidade da sua brilhante aparição e seu ocaso ensinava os Homens as verdades da vida, da morte e do renascimento. Era vencido pelo gênio do Mal, representado pelas trevas, mas reaparecia novamente como renascido e vencedor. Com esta morte e ressurreição alegórica, o Homem conhece pela primeira vez, as vicissitudes da vida e o dogma glorioso, análogo como vida nasce da morte.
Pela adoração ou culto do Sol, o Homem chegou na Antigüidade com a concepção das idéias mais sublimes sobre a divindade e a existência humana. É sabido que todos os deuses solares (Horo, Mitra, Freyr, Baco, Adonis, Jesús, Huetsilopochtli, etc) nascem no solstício de inverno e morrem no equinócio da primavera. Essa coincidência mostra que não se trata da história de um Homem e sim de um herói de um mito solar.
O Homem começa a criar mitos, pequenos dramas para explicar e humanizar tais ritos. Os mitos serviram no passado para expor certas verdades de forma que somente os iniciados poderiam entender. O primeiro mito que o Homem conheceu é o Mito Solar. O Sol representava o nascimento, a vida, a morte e a ressurreição. Assim a religião católica estabeleceu o nascimento de Jesus em 25 de
Dezembro, no solstício de Inverno (Hemisfério Norte) quando a constelação da Virgem aparece no horizonte simbolizando que Ele nasce de uma virgem. Logo, similar ao Sol, a Jesus pesa a todos os perigos que lhe ameaçam na sua infância  e se levanta triunfante para proclamar sua doutrina. O Sol renasce na primavera e cria uma nova vida na natureza que havia perecido no inverno. O Sol foi o início das religiões.
O sepultamento de cadáveres é outra conseqüência inequívoca de uma manifestação religiosa. Começa no início da pré-história quando o Homem ainda não conhecia a existência da alma. Pensa que o defunto continua vivendo em um lugar desconhecido, por isso toma medidas que assegurem sua subsistência após a morte; seus restos são pintados de vermelho relacionando à caça para subsistir simbolicamente com a cor do sangue dos animais com que se alimentara. Lembremos que atualmente os restos do Papa morto são envolvidos em tecidos na cor vermelha.
A religião chega ao Homem como uma concepção geral que cada povo vai adequando aos seus costumes e crenças que lhe foram transmitidos pelos seus antepassados.

Site de pesquisa:

www.guatimozin.org.br

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